Nm 8:1-12:16 Zc 2:14-4:7 1Co 10:6-13 Sl 68
BEHAALOTECHA
Nm 8:1 - 12:16
Nm 8
1 Disse o ETERNO a Moisés:
2 Fala a Arão e dize-lhe: Quando colocares as lâmpadas, seja
de tal maneira que venham as sete a alumiar defronte do candelabro.
3 E Arão fez assim; colocou as lâmpadas para que alumiassem defronte
do candelabro, como o ETERNO ordenara a Moisés.
4 O candelabro era feito de ouro batido desde o seu pedestal até às
suas flores; segundo o modelo que o ETERNO mostrara a Moisés, assim
ele fez o candelabro.
5 Disse mais o ETERNO a Moisés:
6 Toma os levitas do meio dos filhos de Israel e purifica-os;
7 assim lhes farás, para os purificar: asperge sobre eles a água
da expiação; e sobre todo o seu corpo farão passar a
navalha, lavarão as suas vestes e se purificarão;
8 e tomarão um novilho, com a sua oferta de manjares de flor de farinha,
amassada com azeite; tu, porém, tomarás outro novilho para oferta
pelo pecado.
9 Farás chegar os levitas perante a tenda da congregação;
e ajuntarás toda a congregação dos filhos de Israel.
10 Quando, pois, fizerem chegar os levitas perante o ETERNO, os filhos de
Israel porão as mãos sobre eles.
11 Arão apresentará os levitas como oferta movida perante o
ETERNO, da parte dos filhos de Israel; e serão para o serviço
do ETERNO.
12 Os levitas porão as mãos sobre a cabeça dos novilhos;
e tu sacrificarás um para oferta pelo o pecado e o outro para holocausto
ao ETERNO, para fazer expiação pelos levitas.
13 Porás os levitas perante Arão e perante os seus filhos e
os apresentarás por oferta movida ao ETERNO.
14 E separarás os levitas do meio dos filhos de Israel; os levitas
serão meus.
15 Depois disso, entrarão os levitas para fazerem o serviço
da tenda da congregação; e tu os purificarás e, por oferta
movida, os apresentarás,
16 porquanto eles dentre os filhos de Israel me são dados; em lugar
de todo aquele que abre a madre, do primogênito de cada um dos filhos
de Israel, para mim os tomei.
17 Porque meu é todo primogênito entre os filhos de Israel, tanto
de homens como de animais; no dia em que, na terra do Egito, feri todo primogênito,
os consagrei para mim.
18 Tomei os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de
Israel.
19 E os levitas, dados a Arão e a seus filhos, dentre os filhos de
Israel, entreguei-os para fazerem o serviço dos filhos de Israel na
tenda da congregação e para fazerem expiação por
eles, para que não haja praga entre o povo de Israel, chegando-se os
filhos de Israel ao santuário.
20 E assim fez Moisés, e Arão, e toda a congregação
dos filhos de Israel com os levitas; segundo tudo o que o ETERNO ordenara
a Moisés acerca dos levitas, assim lhes fizeram os filhos de Israel.
21 Os levitas se purificaram e lavaram as suas vestes, e Arão os apresentou
por oferta movida perante o ETERNO e fez expiação por eles,
para purificá-los.
22 Depois disso, chegaram os levitas, para fazerem o seu serviço na
tenda da congregação, perante Arão e seus filhos; como
o ETERNO ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim lhes fizeram.
23 Disse mais o ETERNO a Moisés:
24 Isto é o que toca aos levitas: da idade de vinte e cinco anos para
cima entrarão, para fazerem o seu serviço na tenda da congregação;
25 mas desde a idade de cinqüenta anos desobrigar-se-ão do serviço
e nunca mais servirão;
26 porém ajudarão aos seus irmãos na tenda da congregação,
no tocante ao cargo deles; não terão mais serviço. Assim
farás com os levitas quanto aos seus deveres.
Nm 9
1 Falou o ETERNO a Moisés no deserto do Sinai, no ano segundo da sua
saída da terra do Egito, no mês primeiro, dizendo:
2 Celebrem os filhos de Israel a Páscoa a seu tempo.
3 No dia catorze deste mês, ao crepúsculo da tarde, a seu tempo
a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os seus ritos,
a celebrareis.
4 Disse, pois, Moisés aos filhos de Israel que celebrassem a Páscoa.
5 Então, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês primeiro,
ao crepúsculo da tarde, no deserto do Sinai; segundo tudo o que o ETERNO
ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel.
6 Houve alguns que se acharam imundos por terem tocado o cadáver de
um homem, de maneira que não puderam celebrar a Páscoa naquele
dia; por isso, chegando-se perante Moisés e Arão,
7 disseram-lhes: Estamos imundos por termos tocado o cadáver de um
homem; por que havemos de ser privados de apresentar a oferta do ETERNO, a
seu tempo, no meio dos filhos de Israel?
8 Respondeu-lhes Moisés: Esperai, e ouvirei o que o ETERNO vos ordenará.
9 Então, disse o ETERNO a Moisés:
10 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém entre vós
ou entre as vossas gerações achar-se imundo por causa de um
morto ou se achar em jornada longe de vós, contudo, ainda celebrará
a Páscoa ao ETERNO.
11 No mês segundo, no dia catorze, no crepúsculo da tarde, a
celebrarão; com pães asmos e ervas amargas a comerão.
12 Dela nada deixarão até à manhã e dela não
quebrarão osso algum; segundo todo o estatuto da Páscoa, a celebrarão.
13 Porém, se um homem achar-se limpo, e não estiver de caminho,
e deixar de celebrar a Páscoa, essa alma será eliminada do seu
povo, porquanto não apresentou a oferta do ETERNO, a seu tempo; tal
homem levará sobre si o seu pecado.
14 Se um estrangeiro habitar entre vós e também celebrar a Páscoa
ao ETERNO, segundo o estatuto da Páscoa e segundo o seu rito, assim
a celebrará; um só estatuto haverá para vós outros,
tanto para o estrangeiro como para o natural da terra.
15 No dia em que foi erigido o tabernáculo, a nuvem o cobriu, a saber,
a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo
uma aparência de fogo até à manhã.
16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência
de fogo.
17 Quando a nuvem se erguia de sobre a tenda, os filhos de Israel se punham
em marcha; e, no lugar onde a nuvem parava, aí os filhos de Israel
se acampavam.
18 Segundo o mandado do ETERNO, os filhos de Israel partiam e, segundo o mandado
do ETERNO, se acampavam; por todo o tempo em que a nuvem pairava sobre o tabernáculo,
permaneciam acampados.
19 Quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então,
os filhos de Israel cumpriam a ordem do ETERNO e não partiam.
20 Às vezes, a nuvem ficava poucos dias sobre o tabernáculo;
então, segundo o mandado do ETERNO, permaneciam e, segundo a ordem
do ETERNO, partiam.
21 Às vezes, a nuvem ficava desde a tarde até à manhã;
quando, pela manhã, a nuvem se erguia, punham-se em marcha; quer de
dia, quer de noite, erguendo-se a nuvem, partiam.
22 Se a nuvem se detinha sobre o tabernáculo por dois dias, ou um mês,
ou por mais tempo, enquanto pairava sobre ele, os filhos de Israel permaneciam
acampados e não se punham em marcha; mas, erguendo-se ela, partiam.
23 Segundo o mandado do ETERNO, se acampavam e, segundo o mandado do ETERNO,
se punham em marcha; cumpriam o seu dever para com o ETERNO, segundo a ordem
do ETERNO por intermédio de Moisés.
Nm 10
1 Disse mais o ETERNO a Moisés:
2 Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão
para convocares a congregação e para a partida dos arraiais.
3 Quando tocarem, toda a congregação se ajuntará a ti
à porta da tenda da congregação.
4 Mas, quando tocar uma só, a ti se ajuntarão os príncipes,
os cabeças dos milhares de Israel.
5 Quando as tocardes a rebate, partirão os arraiais que se acham acampados
do lado oriental.
6 Mas, quando a segunda vez as tocardes a rebate, então, partirão
os arraiais que se acham acampados do lado sul; a rebate, as tocarão
para as suas partidas.
7 Mas, se se houver de ajuntar a congregação, tocá-las-eis,
porém não a rebate.
8 Os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas; e a vós
outros será isto por estatuto perpétuo nas vossas gerações.
9 Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam,
também tocareis as trombetas a rebate, e perante o ETERNO, vosso D-us,
haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos.
10 Da mesma sorte, no dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades, e nos
princípios dos vossos meses, também tocareis as vossas trombetas
sobre os vossos holocaustos e sobre os vossos sacrifícios pacíficos,
e vos serão por lembrança perante vosso D-us. Eu sou o ETERNO,
vosso D-us.
11 Aconteceu, no ano segundo, no segundo mês, aos vinte do mês,
que a nuvem se ergueu de sobre o tabernáculo da congregação.
12 Os filhos de Israel puseram-se em marcha do deserto do Sinai, jornada após
jornada; e a nuvem repousou no deserto de Parã.
13 Assim, pela primeira vez, se puseram em marcha, segundo o mandado do ETERNO,
por Moisés.
14 Primeiramente, partiu o estandarte do arraial dos filhos de Judá,
segundo as suas turmas; e, sobre o seu exército, estava Naassom, filho
de Aminadabe;
15 sobre o exército da tribo dos filhos de Issacar, Natanael, filho
de Zuar;
16 e, sobre o exército da tribo dos filhos de Zebulom, Eliabe, filho
de Helom.
17 Então, desarmaram o tabernáculo, e os filhos de Gérson
e os filhos de Merari partiram, levando o tabernáculo.
18 Depois, partiu o estandarte do arraial de Rúben, segundo as suas
turmas; e, sobre o seu exército, estava Elizur, filho de Sedeur;
19 sobre o exército da tribo dos filhos de Simeão, Selumiel,
filho de Zurisadai;
20 e, sobre o exército da tribo dos filhos de Gade, Eliasafe, filho
de Deuel.
21 Então, partiram os coatitas, levando as coisas santas; e erigia-se
o tabernáculo até que estes chegassem.
22 Depois, partiu o estandarte do arraial dos filhos de Efraim, segundo as
suas turmas; e, sobre o seu exército, estava Elisama, filho de Amiúde;
23 sobre o exército da tribo dos filhos de Manassés, Gamaliel,
filho de Pedazur;
24 e, sobre o exército da tribo dos filhos de Benjamim, Abidã,
filho de Gideoni.
25 Então, partiu o estandarte do arraial dos filhos de Dã, formando
a retaguarda de todos os arraiais, segundo as suas turmas; e, sobre o seu
exército, estava Aiezer, filho de Amisadai;
26 sobre o exército da tribo dos filhos de Aser, Pagiel, filho de Ocrã;
27 e, sobre o exército da tribo dos filhos de Naftali, Aira, filho
de Enã.
28 Nesta ordem, puseram-se em marcha os filhos de Israel, segundo os seus
exércitos.
29 Disse Moisés a Hobabe, filho de Reuel, o midianita, sogro de Moisés:
Estamos de viagem para o lugar de que o ETERNO disse: Dar-vo-lo-ei; vem conosco,
e te faremos bem, porque o ETERNO prometeu boas coisas a Israel.
30 Porém ele respondeu: Não irei; antes, irei à minha
terra e à minha parentela.
31 Tornou-lhe Moisés: Ora, não nos deixes, porque tu sabes que
devemos acampar-nos no deserto; e nos servirás de guia.
32 Se vieres conosco, far-te-emos o mesmo bem que o ETERNO a nós nos
fizer.
33 Partiram, pois, do monte do ETERNO caminho de três dias; a arca da
Aliança do ETERNO ia adiante deles caminho de três dias, para
lhes deparar lugar de descanso.
34 A nuvem do ETERNO pairava sobre eles de dia, quando partiam do arraial.
35 Partindo a arca, Moisés dizia: Levanta-te, ETERNO, e dissipados
sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam.
36 E, quando pousava, dizia: Volta, ó ETERNO, para os milhares de milhares
de Israel.
Nm 11
1 Queixou-se o povo de sua sorte aos ouvidos do ETERNO; ouvindo-o o ETERNO,
acendeu-se-lhe a ira, e fogo do ETERNO ardeu entre eles e consumiu extremidades
do arraial.
2 Então, o povo clamou a Moisés, e, orando este ao ETERNO, o
fogo se apagou.
3 Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porque o fogo do ETERNO se acendera
entre eles.
4 E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas
dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também
disseram: Quem nos dará carne a comer?
5 Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça;
dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos.
6 Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão
este maná.
7 Era o maná como semente de coentro, e a sua aparência, semelhante
à de bdélio.
8 Espalhava-se o povo, e o colhia, e em moinhos o moía ou num gral
o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; o seu sabor era como o
de bolos amassados com azeite.
9 Quando, de noite, descia o orvalho sobre o arraial, sobre este também
caía o maná.
10 Então, Moisés ouviu chorar o povo por famílias, cada
um à porta de sua tenda; e a ira do ETERNO grandemente se acendeu,
e pareceu mal aos olhos de Moisés.
11 Disse Moisés ao ETERNO: Por que fizeste mal a teu servo, e por que
não achei favor aos teus olhos, visto que puseste sobre mim a carga
de todo este povo?
12 Concebi eu, porventura, todo este povo? Dei-o eu à luz, para que
me digas: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à
terra que, sob juramento, prometeste a seus pais?
13 Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Pois chora diante de mim,
dizendo: Dá-nos carne que possamos comer.
14 Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado
demais.
15 Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado
favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria.
16 Disse o ETERNO a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos
de Israel, que sabes serem anciãos e superintendentes do povo; e os
trarás perante a tenda da congregação, para que assistam
ali contigo.
17 Então, descerei e ali falarei contigo; tirarei do Espírito
que está sobre ti e o porei sobre eles; e contigo levarão a
carga do povo, para que não a leves tu somente.
18 Dize ao povo: Santificai-vos para amanhã e comereis carne; porquanto
chorastes aos ouvidos do ETERNO, dizendo: Quem nos dará carne a comer?
Íamos bem no Egito. Pelo que o ETERNO vos dará carne, e comereis.
19 Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco, nem dez, nem ainda
vinte;
20 mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até
que vos enfastieis dela, porquanto rejeitastes o ETERNO, que está no
meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos
do Egito?
21 Respondeu Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este
povo no meio do qual estou; e tu disseste: Dar-lhes-ei carne, e a comerão
um mês inteiro.
22 Matar-se-ão para eles rebanhos de ovelhas e de gado que lhes bastem?
Ou se ajuntarão para eles todos os peixes do mar que lhes bastem?
23 Porém o ETERNO respondeu a Moisés: Ter-se-ia encurtado a
mão do ETERNO? Agora mesmo, verás se se cumprirá ou não
a minha palavra!
24 Saiu, pois, Moisés, e referiu ao povo as palavras do ETERNO, e ajuntou
setenta homens dos anciãos do povo, e os pôs ao redor da tenda.
25 Então, o ETERNO desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito
que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; quando
o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais.
26 Porém, no arraial, ficaram dois homens; um se chamava Eldade, e
o outro, Medade. Repousou sobre eles o Espírito, porquanto estavam
entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda; e profetizavam
no arraial.
27 Então, correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse:
Eldade e Medade profetizam no arraial.
28 Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus escolhidos,
respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lho.
29 Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara
todo o povo do ETERNO fosse profeta, que o ETERNO lhes desse o seu Espírito!
30 Depois, Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de
Israel.
31 Então, soprou um vento do ETERNO, e trouxe codornizes do mar, e
as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia, ao seu redor, cerca de dois
côvados sobre a terra.
32 Levantou-se o povo todo aquele dia, e a noite, e o outro dia e recolheu
as codornizes; o que menos colheu teve dez ômeres; e as estenderam para
si ao redor do arraial.
33 Estava ainda a carne entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, quando
se acendeu a ira do ETERNO contra o povo, e o feriu com praga mui grande.
34 Pelo que o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Hataavá, porquanto
ali enterraram o povo que teve o desejo das comidas dos egípcios.
35 De Quibrote-Hataavá partiu o povo para Hazerote e ali ficou.
Nm 12
1 Falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher
cuxita que tomara; pois tinha tomado a mulher cuxita.
2 E disseram: Porventura, tem falado o ETERNO somente por Moisés? Não
tem falado também por nós? O ETERNO o ouviu.
3 Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens
que havia sobre a terra.
4 Logo o ETERNO disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã:
Vós três, saí à tenda da congregação.
E saíram eles três.
5 Então, o ETERNO desceu na coluna de nuvem e se pôs à
porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles se apresentaram.
6 Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós
há profeta, eu, o ETERNO, em visão a ele, me faço conhecer
ou falo com ele em sonhos.
7 Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel
em toda a minha casa.
8 Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele
vê a forma do ETERNO; como, pois, não temestes falar contra o
meu servo, contra Moisés?
9 E a ira do ETERNO contra eles se acendeu; e retirou-se.
10 A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se leprosa,
branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava
leprosa.
11 Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não
ponhas, te rogo, sobre nós este pecado, pois loucamente procedemos
e pecamos.
12 Ora, não seja ela como um aborto, que, saindo do ventre de sua mãe,
tenha metade de sua carne já consumida.
13 Moisés clamou ao ETERNO, dizendo: Ó D-us, rogo-te que a cures.
14 Respondeu o ETERNO a Moisés: Se seu pai lhe cuspira no rosto, não
seria envergonhada por sete dias? Seja detida sete dias fora do arraial e,
depois, recolhida.
15 Assim, Miriã foi detida fora do arraial por sete dias; e o povo
não partiu enquanto Miriã não foi recolhida.
16 Porém, depois, o povo partiu de Hazerote e acampou-se no deserto
de Parã.