Nm 22:2 - 25:9 Mq 5:6 - 6:8 1Co 1:20-31 Sl 79
BALAC
Nm 22:2 - 25:9
Nm 22
2 Viu, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus;
3 Moabe teve grande medo deste povo, porque era muito; e andava angustiado
por causa dos filhos de Israel;
4 pelo que Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora, lamberá
esta multidão tudo quando houver ao redor de nós, como o boi
lambe a erva do campo. Balaque, filho de Zipor, naquele tempo, era rei dos
moabitas.
5 Enviou ele mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está
junto ao rio Eufrates, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo,
dizendo: Eis que um povo saiu do Egito, cobre a face da terra e está
morando defronte de mim.
6 Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é
mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar fora
da terra, porque sei que a quem tu abençoares será abençoado,
e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
7 Então, foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos
dos midianitas, levando consigo o preço dos encantamentos; e chegaram
a Balaão e lhe referiram as palavras de Balaque.
8 Balaão lhes disse: Ficai aqui esta noite, e vos trarei a resposta,
como o ETERNO me falar; então, os príncipes dos moabitas ficaram
com Balaão.
9 Veio D-us a Balaão e disse: Quem são estes homens contigo?
10 Respondeu Balaão a D-us: Balaque, rei dos moabitas, filho de Zipor,
os enviou para que me dissessem:
11 Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem, agora, amaldiçoa-mo;
talvez eu possa combatê-lo e lançá-lo fora.
12 Então, disse D-us a Balaão: Não irás com eles,
nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado.
13 Levantou-se Balaão pela manhã e disse aos príncipes
de Balaque: Tornai à vossa terra, porque o ETERNO recusa deixar-me
ir convosco.
14 Tendo-se levantado os príncipes dos moabitas, foram a Balaque e
disseram: Balaão recusou vir conosco.
15 De novo, enviou Balaque príncipes, em maior número e mais
honrados do que os primeiros,
16 os quais chegaram a Balaão e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho
de Zipor: Peço-te não te demores em vir a mim,
17 porque grandemente te honrarei e farei tudo o que me disseres; vem, pois,
rogo-te, amaldiçoa-me este povo.
18 Respondeu Balaão aos oficiais de Balaque: Ainda que Balaque me desse
a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado
do ETERNO, meu D-us, para fazer coisa pequena ou grande;
19 agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que
eu saiba o que mais o ETERNO me dirá.
20 Veio, pois, o ETERNO a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles
homens vieram chamar-te, levanta-te, vai com eles; todavia, farás somente
o que eu te disser.
21 Então, Balaão levantou-se pela manhã, albardou a sua
jumenta e partiu com os príncipes de Moabe.
22 Acendeu-se a ira de D-us, porque ele se foi; e o Anjo do ETERNO pôs-se-lhe
no caminho por adversário. Ora, Balaão ia caminhando, montado
na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele.
23 Viu, pois, a jumenta o Anjo do ETERNO parado no caminho, com a sua espada
desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho, indo
pelo campo; então, Balaão espancou a jumenta para fazê-la
tornar ao caminho.
24 Mas o Anjo do ETERNO pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo
muro de um e outro lado.
25 Vendo, pois, a jumenta o Anjo do ETERNO, coseu-se contra o muro e comprimiu
contra este o pé de Balaão; por isso, tornou a espancá-la.
26 Então, o Anjo do ETERNO passou mais adiante e pôs-se num lugar
estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita,
nem para a esquerda.
27 Vendo a jumenta o Anjo do ETERNO, deixou-se cair debaixo de Balaão;
acendeu-se a ira de Balaão, e espancou a jumenta com a vara.
28 Então, o ETERNO fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão:
Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes?
29 Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera
eu uma espada na mão e, agora, te mataria.
30 Replicou a jumenta a Balaão: Porventura, não sou a tua jumenta,
em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu costume
fazer assim contigo? Ele respondeu: Não.
31 Então, o ETERNO abriu os olhos a Balaão, ele viu o Anjo do
ETERNO, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão;
pelo que inclinou a cabeça e prostrou-se com o rosto em terra.
32 Então, o Anjo do ETERNO lhe disse: Por que já três
vezes espancaste a jumenta? Eis que eu saí como teu adversário,
porque o teu caminho é perverso diante de mim;
33 a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim;
na verdade, eu, agora, te haveria matado e a ela deixaria com vida.
34 Então, Balaão disse ao Anjo do ETERNO: Pequei, porque não
soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se parece mal
aos teus olhos, voltarei.
35 Tornou o Anjo do ETERNO a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente
aquilo que eu te disser, isso falarás. Assim, Balaão se foi
com os príncipes de Balaque.
36 Tendo Balaque ouvido que Balaão havia chegado, saiu-lhe ao encontro
até à cidade de Moabe, que está nos confins do Arnom
e na fronteira extrema.
37 Perguntou Balaque a Balaão: Porventura, não enviei mensageiros
a chamar-te? Por que não vieste a mim? Não posso eu, na verdade,
honrar-te?
38 Respondeu Balaão a Balaque: Eis-me perante ti; acaso, poderei eu,
agora, falar alguma coisa? A palavra que D-us puser na minha boca, essa falarei.
39 Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote.
40 Então, Balaque sacrificou bois e ovelhas; e deles enviou a Balaão
e aos príncipes que estavam com ele.
41 Sucedeu que, pela manhã, Balaque tomou a Balaão e o fez subir
a Bamote-Baal; e Balaão viu dali a parte mais próxima do povo.
Nm 23
1 Então, Balaão disse a Balaque: Edifica-me, aqui, sete altares
e prepara-me sete novilhos e sete carneiros.
2 Fez, pois, Balaque como Balaão dissera; e Balaque e Balaão
ofereceram um novilho e um carneiro sobre cada altar.
3 Disse mais Balaão a Balaque: Fica-te junto do teu holocausto, e eu
irei; porventura, o ETERNO me sairá ao encontro, e o que me mostrar
to notificarei. Então, subiu a um morro desnudo.
4 Encontrando-se D-us com Balaão, este lhe disse: Preparei sete altares
e sobre cada um ofereci um novilho e um carneiro.
5 Então, o ETERNO pôs a palavra na boca de Balaão e disse:
Torna para Balaque e falarás assim.
6 E, tornando para ele, eis que estava junto do seu holocausto, ele e todos
os príncipes dos moabitas.
7 Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de Arã,
o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem, amaldiçoa-me a Jacó,
e vem, denuncia a Israel.
8 Como posso amaldiçoar a quem D-us não amaldiçoou? Como
posso denunciar a quem o ETERNO não denunciou?
9 Pois do cimo das penhas vejo Israel e dos outeiros o contemplo: eis que
é povo que habita só e não será reputado entre
as nações.
10 Quem contou o pó de Jacó ou enumerou a quarta parte de Israel?
Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o dele.
11 Então, disse Balaque a Balaão: Que me fizeste? Chamei-te
para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que somente os abençoaste.
12 Mas ele respondeu: Porventura, não terei cuidado de falar o que
o ETERNO pôs na minha boca?
13 Então, Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar,
donde verás o povo; verás somente a parte mais próxima
dele e não o verás todo; e amaldiçoa-mo dali.
14 Levou-o consigo ao campo de Zofim, ao cimo de Pisga; e edificou sete altares
e sobre cada um ofereceu um novilho e um carneiro.
15 Então, disse Balaão a Balaque: Fica, aqui, junto do teu holocausto,
e eu irei ali ao encontro do ETERNO.
16 Encontrando-se o ETERNO com Balaão, pôs-lhe na boca a palavra
e disse: Torna para Balaque e assim falarás.
17 Vindo a ele, eis que estava junto do holocausto, e os príncipes
dos moabitas, com ele. Perguntou-lhe, pois, Balaque: Que falou o ETERNO?
18 Então, proferiu a sua palavra e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve;
escuta-me, filho de Zipor:
19 D-us não é homem, para que minta; nem filho de homem, para
que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará?
Ou, tendo falado, não o cumprirá?
20 Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não
o posso revogar.
21 Não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura
em Israel; o ETERNO, seu D-us, está com ele, no meio dele se ouvem
aclamações ao seu Rei.
22 D-us os tirou do Egito; as forças deles são como as do boi
selvagem.
23 Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação
contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que
coisas tem feito D-us!
24 Eis que o povo se levanta como leoa e se ergue como leão; não
se deita até que devore a presa e beba o sangue dos que forem mortos.
25 Então, disse Balaque a Balaão: Nem o amaldiçoarás,
nem o abençoarás.
26 Porém Balaão respondeu e disse a Balaque: Não te disse
eu: tudo o que o ETERNO falar, isso farei?
27 Disse mais Balaque a Balaão: Ora, vem, e te levarei a outro lugar;
porventura, parecerá bem aos olhos de D-us que dali mo amaldiçoes.
28 Então, Balaque levou Balaão consigo ao cimo de Peor, que
olha para o lado do deserto.
29 Balaão disse a Balaque: Edifica-me, aqui, sete altares e prepara-me
sete novilhos e sete carneiros.
30 Balaque, pois, fez como dissera Balaão e ofereceu sobre cada altar
um novilho e um carneiro.
Nm 24
1 Vendo Balaão que bem parecia aos olhos do ETERNO que abençoasse
a Israel, não foi esta vez, como antes, ao encontro de agouros, mas
voltou o rosto para o deserto.
2 Levantando Balaão os olhos e vendo Israel acampado segundo as suas
tribos, veio sobre ele o Espírito de D-us.
3 Proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor,
palavra do homem de olhos abertos;
4 palavra daquele que ouve os ditos de D-us, o que tem a visão do Todo-Poderoso
e prostra-se, porém de olhos abertos:
5 Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas são
as tuas moradas, ó Israel!
6 Como vales que se estendem, como jardins à beira dos rios, como árvores
de sândalo que o ETERNO plantou, como cedros junto às águas.
7 Águas manarão de seus baldes, e as suas sementeiras terão
águas abundantes; o seu rei se levantará mais do que Agague,
e o seu reino será exaltado.
8 D-us tirou do Egito a Israel, cujas forças são como as do
boi selvagem; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará
seus ossos, e, com as suas setas, os atravessará.
9 Este abaixou-se, deitou-se como leão e como leoa; quem o despertará?
Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.
10 Então, a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e bateu
ele as suas palmas. Disse Balaque a Balaão: Chamei-te para amaldiçoares
os meus inimigos; porém, agora, já três vezes, somente
os abençoaste.
11 Agora, pois, vai-te embora para tua casa; eu dissera que te cumularia de
honras; mas eis que o ETERNO te privou delas.
12 Então, Balaão disse a Balaque: Não falei eu também
aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo:
13 ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não
poderia traspassar o mandado do ETERNO, fazendo de mim mesmo bem ou mal; o
que o ETERNO falar, isso falarei?
14 Agora, eis que vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que fará este
povo ao teu, nos últimos dias.
15 Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão,
filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos,
16 palavra daquele que ouve os ditos de D-us e sabe a ciência do Altíssimo;
daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém
de olhos abertos:
17 Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não
de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá
um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos
os filhos de Sete.
18 Edom será uma possessão; Seir, seus inimigos, também
será uma possessão; mas Israel fará proezas.
19 De Jacó sairá o dominador e exterminará os que restam
das cidades.
20 Viu Balaão a Amaleque, proferiu a sua palavra e disse: Amaleque
é o primeiro das nações; porém o seu fim será
destruição.
21 Viu os queneus, proferiu a sua palavra e disse: Segura está a tua
habitação, e puseste o teu ninho na penha.
22 Todavia, o queneu será consumido. Até quando? Assur te levará
cativo.
23 Proferiu ainda a sua palavra e disse: Ai! Quem viverá, quando D-us
fizer isto?
24 Homens virão das costas de Quitim em suas naus; afligirão
a Assur e a Héber; e também eles mesmos perecerão.
25 Então, Balaão se levantou, e se foi, e voltou para a sua
terra; e também Balaque se foi pelo seu caminho.
Nm 25
1 Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as
filhas dos moabitas.
2 Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo
comeu e inclinou-se aos deuses delas.
3 Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do ETERNO se acendeu contra Israel.
4 Disse o ETERNO a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os
ao ETERNO ao ar livre, e a ardente ira do ETERNO se retirará de Israel.
5 Então, Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate
os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor.
6 Eis que um homem dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos
uma midianita perante os olhos de Moisés e de toda a congregação
dos filhos de Israel, enquanto eles choravam diante da tenda da congregação.
7 Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, o sacerdote,
levantou-se do meio da congregação, e, pegando uma lança,
8 foi após o homem israelita até ao interior da tenda, e os
atravessou, ao homem israelita e à mulher, a ambos pelo ventre; então,
a praga cessou de sobre os filhos de Israel.
9 Os que morreram da praga foram vinte e quatro mil.