Gn 18:1-22:24 2Rs 4:1-37 2Pe 2:4-11 Sl 11
VAYERAGn 18:1-22:24
Gn 18:1-22:24
Gn
18
1 Apareceu o ETERNO a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava
assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia.
2 Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente
dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra
3 e disse: meu Senhor, se acho mercê em tua presença, rogo-te
que não passes do teu servo;
4 traga-se um pouco de água, lavai os pés e repousai debaixo
desta árvore;
5 trarei um bocado de pão; refazei as vossas forças, visto que
chegastes até vosso servo; depois, seguireis avante. Responderam: Faze
como disseste.
6 Apressou-se, pois, Abraão para a tenda de Sara e lhe disse: Amassa
depressa três medidas de flor de farinha e faze pão assado ao
borralho.
7 Abraão, por sua vez, correu ao gado, tomou um novilho, tenro e bom,
e deu-o ao criado, que se apressou em prepará-lo.
8 Tomou também coalhada e leite e o novilho que mandara preparar e
pôs tudo diante deles; e permaneceu de pé junto a eles debaixo
da árvore; e eles comeram.
9 Então, lhe perguntaram: Sara, tua mulher, onde está? Ele respondeu:
Está aí na tenda.
10 Disse um deles: Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher,
dará à luz um filho. Sara o estava escutando, à porta
da tenda, atrás dele.
11 Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade;
e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres.
12 Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois
de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?
13 Disse o ETERNO a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será
verdade que darei ainda à luz, sendo velha?
14 Acaso, para o ETERNO há coisa demasiadamente difícil? Daqui
a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.
15 Então, Sara, receosa, o negou, dizendo: Não me ri. Ele, porém,
disse: Não é assim, é certo que riste.
16 Tendo-se levantado dali aqueles homens, olharam para Sodoma; e Abraão
ia com eles, para os encaminhar.
17 Disse o ETERNO: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer,
18 visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa
nação, e nele serão benditas todas as nações
da terra?
19 Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele,
a fim de que guardem o caminho do ETERNO e pratiquem a justiça e o
juízo; para que o ETERNO faça vir sobre Abraão o que
tem falado a seu respeito.
20 Disse mais o ETERNO: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado,
e o seu pecado se tem agravado muito.
21 Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse
clamor que é vindo até mim; e, se assim não é,
sabê-lo-ei.
22 Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém
Abraão permaneceu ainda na presença do ETERNO.
23 E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio?
24 Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás
ainda assim e não pouparás o lugar por amor dos cinqüenta
justos que nela se encontram?
25 Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como
se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará
justiça o Juiz de toda a terra?
26 Então, disse o ETERNO: Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos
dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles.
27 Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao ETERNO, eu que sou
pó e cinza.
28 Na hipótese de faltarem cinco para cinqüenta justos, destruirás
por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar
ali quarenta e cinco.
29 Disse-lhe ainda mais Abraão: E se, porventura, houver ali quarenta?
Respondeu: Não o farei por amor dos quarenta.
30 Insistiu: Não se ire o ETERNO, falarei ainda: Se houver, porventura,
ali trinta? Respondeu o ETERNO: Não o farei se eu encontrar ali trinta.
31 Continuou Abraão: Eis que me atrevi a falar ao ETERNO: Se, porventura,
houver ali vinte? Respondeu o ETERNO: Não a destruirei por amor dos
vinte.
32 Disse ainda Abraão: Não se ire o ETERNO, se lhe falo somente
mais esta vez: Se, porventura, houver ali dez? Respondeu o ETERNO: Não
a destruirei por amor dos dez.
33 Tendo cessado de falar a Abraão, retirou-se o ETERNO; e Abraão
voltou para o seu lugar.
Gn 19
1 Ao anoitecer, vieram os dois anjos a Sodoma, a cuja entrada estava Ló
assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se,
rosto em terra.
2 E disse-lhes: Eis agora, meus senhores, vinde para a casa do vosso servo,
pernoitai nela e lavai os pés; levantar-vos-eis de madrugada e seguireis
o vosso caminho. Responderam eles: Não; passaremos a noite na praça.
3 Instou-lhes muito, e foram e entraram em casa dele; deu-lhes um banquete,
fez assar uns pães asmos, e eles comeram.
4 Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os
homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de
todos os lados;
5 e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que,
à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que
abusemos deles.
6 Saiu-lhes, então, Ló à porta, fechou-a após
si
7 e lhes disse: Rogo-vos, meus irmãos, que não façais
mal;
8 tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer,
porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção
de meu teto.
9 Eles, porém, disseram: Retira-te daí. E acrescentaram: Só
ele é estrangeiro, veio morar entre nós e pretende ser juiz
em tudo? A ti, pois, faremos pior do que a eles. E arremessaram-se contra
o homem, contra Ló, e se chegaram para arrombar a porta.
10 Porém os homens, estendendo a mão, fizeram entrar Ló
e fecharam a porta;
11 e feriram de cegueira aos que estavam fora, desde o menor até ao
maior, de modo que se cansaram à procura da porta.
12 Então, disseram os homens a Ló: Tens aqui alguém mais
dos teus? Genro, e teus filhos, e tuas filhas, todos quantos tens na cidade,
faze-os sair deste lugar;
13 pois vamos destruir este lugar, porque o seu clamor se tem aumentado, chegando
até à presença do ETERNO; e o ETERNO nos enviou a destruí-lo.
14 Então, saiu Ló e falou a seus genros, aos que estavam para
casar com suas filhas e disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque
o ETERNO há de destruir a cidade. Acharam, porém, que ele gracejava
com eles.
15 Ao amanhecer, apertaram os anjos com Ló, dizendo: Levanta-te, toma
tua mulher e tuas duas filhas, que aqui se encontram, para que não
pereças no castigo da cidade.
16 Como, porém, se demorasse, pegaram-no os homens pela mão,
a ele, a sua mulher e as duas filhas, sendo-lhe o ETERNO misericordioso, e
o tiraram, e o puseram fora da cidade.
17 Havendo-os levado fora, disse um deles: Livra-te, salva a tua vida; não
olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para
que não pereças.
18 Respondeu-lhes Ló: Assim não, meu Senhor!
19 Eis que o teu servo achou mercê diante de ti, e engrandeceste a tua
misericórdia que me mostraste, salvando-me a vida; não posso
escapar no monte, pois receio que o mal me apanhe, e eu morra.
20 Eis aí uma cidade perto para a qual eu posso fugir, e é pequena.
Permite que eu fuja para lá (porventura, não é pequena?),
e nela viverá a minha alma.
21 Disse-lhe: Quanto a isso, estou de acordo, para não subverter a
cidade de que acabas de falar.
22 Apressa-te, refugia-te nela; pois nada posso fazer, enquanto não
tiveres chegado lá. Por isso, se chamou Zoar o nome da cidade.
23 Saía o sol sobre a terra, quando Ló entrou em Zoar.
24 Então, fez o ETERNO chover enxofre e fogo, da parte do ETERNO, sobre
Sodoma e Gomorra.
25 E subverteu aquelas cidades, e toda a campina, e todos os moradores das
cidades, e o que nascia na terra.
26 E a mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua
de sal.
27 Tendo-se levantado Abraão de madrugada, foi para o lugar onde estivera
na presença do ETERNO;
28 e olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a terra da campina e viu que
da terra subia fumaça, como a fumarada de uma fornalha.
29 Ao tempo que destruía as cidades da campina, lembrou-se D-us de
Abraão e tirou a Ló do meio das ruínas, quando subverteu
as cidades em que Ló habitara.
30 Subiu Ló de Zoar e habitou no monte, ele e suas duas filhas, porque
receavam permanecer em Zoar; e habitou numa caverna, e com ele as duas filhas.
31 Então, a primogênita disse à mais moça: Nosso
pai está velho, e não há homem na terra que venha unir-se
conosco, segundo o costume de toda terra.
32 Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a
descendência de nosso pai.
33 Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita,
se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando
se levantou.
34 No dia seguinte, disse a primogênita à mais nova: Deitei-me,
ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também
esta noite; entra e deita-te com ele, para que preservemos a descendência
de nosso pai.
35 De novo, pois, deram, aquela noite, a beber vinho a seu pai, e, entrando
a mais nova, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou,
nem quando se levantou.
36 E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai.
37 A primogênita deu à luz um filho e lhe chamou Moabe: é
o pai dos moabitas, até ao dia de hoje.
38 A mais nova também deu à luz um filho e lhe chamou Ben-Ami:
é o pai dos filhos de Amom, até ao dia de hoje.
Gn 20
1 Partindo Abraão dali para a terra do Neguebe, habitou entre Cades
e Sur e morou em Gerar.
2 Disse Abraão de Sara, sua mulher: Ela é minha irmã;
assim, pois, Abimeleque, rei de Gerar, mandou buscá-la.
3 D-us, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite e lhe disse: Vais
ser punido de morte por causa da mulher que tomaste, porque ela tem marido.
4 Ora, Abimeleque ainda não a havia possuído; por isso, disse:
ETERNO, matarás até uma nação inocente?
5 Não foi ele mesmo que me disse: É minha irmã? E ela
também me disse: Ele é meu irmão. Com sinceridade de
coração e na minha inocência, foi que eu fiz isso.
6 Respondeu-lhe D-us em sonho: Bem sei que com sinceridade de coração
fizeste isso; daí o ter impedido eu de pecares contra mim e não
te permiti que a tocasses.
7 Agora, pois, restitui a mulher a seu marido, pois ele é profeta e
intercederá por ti, e viverás; se, porém, não
lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que
é teu.
8 Levantou-se Abimeleque de madrugada, e chamou todos os seus servos, e lhes
contou todas essas coisas; e os homens ficaram muito atemorizados.
9 Então, chamou Abimeleque a Abraão e lhe disse: Que é
isso que nos fizeste? Em que pequei eu contra ti, para trazeres tamanho pecado
sobre mim e sobre o meu reino? Tu me fizeste o que não se deve fazer.
10 Disse mais Abimeleque a Abraão: Que estavas pensando para fazeres
tal coisa?
11 Respondeu Abraão: Eu dizia comigo mesmo: Certamente não há
temor de D-us neste lugar, e eles me matarão por causa de minha mulher.
12 Por outro lado, ela, de fato, é também minha irmã,
filha de meu pai e não de minha mãe; e veio a ser minha mulher.
13 Quando D-us me fez andar errante da casa de meu pai, eu disse a ela: Este
favor me farás: em todo lugar em que entrarmos, dirás a meu
respeito: Ele é meu irmão.
14 Então, Abimeleque tomou ovelhas e bois, e servos e servas e os deu
a Abraão; e lhe restituiu a Sara, sua mulher.
15 Disse Abimeleque: A minha terra está diante de ti; habita onde melhor
te parecer.
16 E a Sara disse: Dei mil siclos de prata a teu irmão; será
isto compensação por tudo quanto se deu contigo; e perante todos
estás justificada.
17 E, orando Abraão, sarou D-us Abimeleque, sua mulher e suas servas,
de sorte que elas pudessem ter filhos;
18 porque o ETERNO havia tornado estéreis todas as mulheres da casa
de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão.
Gn 21
1 Visitou o ETERNO a Sara, como lhe dissera, e o ETERNO cumpriu o que lhe
havia prometido.
2 Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice,
no tempo determinado, de que D-us lhe falara.
3 Ao filho que lhe nasceu, que Sara lhe dera à luz, pôs Abraão
o nome de Isaque.
4 Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando este era de oito dias,
segundo D-us lhe havia ordenado.
5 Tinha Abraão cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho.
6 E disse Sara: D-us me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai
rir-se juntamente comigo.
7 E acrescentou: Quem teria dito a Abraão que Sara amamentaria um filho?
Pois na sua velhice lhe dei um filho.
8 Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado,
deu Abraão um grande banquete.
9 Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à
luz a Abraão, caçoava de Isaque,
10 disse a Abraão: Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho
dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho.
11 Pareceu isso mui penoso aos olhos de Abraão, por causa de seu filho.
12 Disse, porém, D-us a Abraão: Não te pareça
isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara
em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência.
13 Mas também do filho da serva farei uma grande nação,
por ser ele teu descendente.
14 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, tomou pão e um odre
de água, pô-los às costas de Agar, deu-lhe o menino e
a despediu. Ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba.
15 Tendo-se acabado a água do odre, colocou ela o menino debaixo de
um dos arbustos
16 e, afastando-se, foi sentar-se defronte, à distância de um
tiro de arco; porque dizia: Assim, não verei morrer o menino; e, sentando-se
em frente dele, levantou a voz e chorou.
17 D-us, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de D-us chamou do céu
a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque D-us ouviu a
voz do menino, daí onde está.
18 Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele
um grande povo.
19 Abrindo-lhe D-us os olhos, viu ela um poço de água, e, indo
a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz.
20 D-us estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro;
21 habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher
da terra do Egito.
22 Por esse tempo, Abimeleque e Ficol, comandante do seu exército,
disseram a Abraão: D-us é contigo em tudo o que fazes;
23 agora, pois, jura-me aqui por D-us que me não mentirás, nem
a meu filho, nem a meu neto; e sim que usarás comigo e com a terra
em que tens habitado daquela mesma bondade com que eu te tratei.
24 Respondeu Abraão: Juro.
25 Nada obstante, Abraão repreendeu a Abimeleque por causa de um poço
de água que os servos deste lhe haviam tomado à força.
26 Respondeu-lhe Abimeleque: Não sei quem terá feito isso; também
nada me fizeste saber, nem tampouco ouvi falar disso, senão hoje.
27 Tomou Abraão ovelhas e bois e deu-os a Abimeleque; e fizeram ambos
uma aliança.
28 Pôs Abraão à parte sete cordeiras do rebanho.
29 Perguntou Abimeleque a Abraão: Que significam as sete cordeiras
que puseste à parte?
30 Respondeu Abraão: Receberás de minhas mãos as sete
cordeiras, para que me sirvam de testemunho de que eu cavei este poço.
31 Por isso, se chamou aquele lugar Berseba, porque ali juraram eles ambos.
32 Assim, fizeram aliança em Berseba; levantaram-se Abimeleque e Ficol,
comandante do seu exército, e voltaram para as terras dos filisteus.
33 Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o nome do ETERNO,
D-us Eterno.
34 E foi Abraão, por muito tempo, morador na terra dos filisteus.
Gn 22
1 Depois dessas coisas, pôs D-us Abraão à prova e lhe
disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou D-us: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem
amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto,
sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento,
tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para
o holocausto e foi para o lugar que D-us lhe havia indicado.
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz
iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu
filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim,
caminhavam ambos juntos.
7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão:
Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde
está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abraão: D-us proverá para si, meu filho, o cordeiro
para o holocausto; e seguiam ambos juntos.
9 Chegaram ao lugar que D-us lhe havia designado; ali edificou Abraão
um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou
no altar, em cima da lenha;
10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.
11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do ETERNO: Abraão! Abraão!
Ele respondeu: Eis-me aqui!
12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz
e nada lhe faças; pois agora sei que temes a D-us, porquanto não
me negaste o filho, o teu único filho.
13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro
preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o
ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
14 E pôs Abraão por nome àquele lugar-O ETERNO Proverá.
Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do ETERNO se proverá.
15 Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do ETERNO a
Abraão
16 e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o ETERNO, porquanto fizeste isso e não
me negaste o teu único filho,
17 que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência
como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência
possuirá a cidade dos seus inimigos,
18 nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto
obedeceste à minha voz.
19 Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para
Berseba, onde fixou residência.
20 Passadas essas coisas, foi dada notícia a Abraão, nestes
termos: Milca também tem dado à luz filhos a Naor, teu irmão:
21 Uz, o primogênito, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã,
22 Quésede, Hazo, Pildas, Jidlafe e Betuel.
23 Betuel gerou a Rebeca; estes oito deu à luz Milca a Naor, irmão
de Abraão.
24 Sua concubina, cujo nome era Reumá, lhe deu também à
luz filhos: Teba, Gaã, Taás e Maaca.