Ex 13:17-17:16 Jz 4:4-5:31 Jo 6:22-40 Sl 66
BESHALACH
Ex 13:17 - 17:16
Ex 13
17 Tendo Faraó deixado ir o povo, D-us não o levou pelo caminho
da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura,
o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito.
18 Porém D-us fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar
Vermelho; e, arregimentados, subiram os filhos de Israel do Egito.
19 Também levou Moisés consigo os ossos de José, pois
havia este feito os filhos de Israel jurarem solenemente, dizendo: Certamente,
D-us vos visitará; daqui, pois, levai convosco os meus ossos.
20 Tendo, pois, partido de Sucote, acamparam-se em Etã, à entrada
do deserto.
21 O ETERNO ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os
guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar,
a fim de que caminhassem de dia e de noite.
22 Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna
de fogo durante a noite.
Ex 14
1 Disse o ETERNO a Moisés:
2 Fala aos filhos de Israel que retrocedam e se acampem defronte de Pi-Hairote,
entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele vos acampareis
junto ao mar.
3 Então, Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão
desorientados na terra, o deserto os encerrou.
4 Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga,
e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão
os egípcios que eu sou o ETERNO. Eles assim o fizeram.
5 Sendo, pois, anunciado ao rei do Egito que o povo fugia, mudou-se o coração
de Faraó e dos seus oficiais contra o povo, e disseram: Que é
isto que fizemos, permitindo que Israel nos deixasse de servir?
6 E aprontou Faraó o seu carro e tomou consigo o seu povo;
7 e tomou também seiscentos carros escolhidos e todos os carros do
Egito com capitães sobre todos eles.
8 Porque o ETERNO endureceu o coração de Faraó, rei do
Egito, para que perseguisse os filhos de Israel; porém os filhos de
Israel saíram afoitamente.
9 Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros de Faraó,
e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados
junto ao mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom.
10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis
que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então,
os filhos de Israel clamaram ao ETERNO.
11 Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no
Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por
que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?
12 Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que
sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios
do que morrermos no deserto.
13 Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos
e vede o livramento do ETERNO que, hoje, vos fará; porque os egípcios,
que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver.
14 O ETERNO pelejará por vós, e vós vos calareis.
15 Disse o ETERNO a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de
Israel que marchem.
16 E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o,
para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.
17 Eis que endurecerei o coração dos egípcios, para que
vos sigam e entrem nele; serei glorificado em Faraó e em todo o seu
exército, nos seus carros e nos seus cavalarianos;
18 e os egípcios saberão que eu sou o ETERNO, quando for glorificado
em Faraó, nos seus carros e nos seus cavalarianos.
19 Então, o Anjo de D-us, que ia adiante do exército de Israel,
se retirou e passou para trás deles; também a coluna de nuvem
se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles,
20 e ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; a nuvem era
escuridade para aqueles e para este esclarecia a noite; de maneira que, em
toda a noite, este e aqueles não puderam aproximar-se.
21 Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o ETERNO,
por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o
mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas.
22 Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas
lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda.
23 Os egípcios que os perseguiam entraram atrás deles, todos
os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavalarianos, até
ao meio do mar.
24 Na vigília da manhã, o ETERNO, na coluna de fogo e de nuvem,
viu o acampamento dos egípcios e alvorotou o acampamento dos egípcios;
25 emperrou-lhes as rodas dos carros e fê-los andar dificultosamente.
Então, disseram os egípcios: Fujamos da presença de Israel,
porque o ETERNO peleja por eles contra os egípcios.
26 Disse o ETERNO a Moisés: Estende a mão sobre o mar, para
que as águas se voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros
e sobre os seus cavalarianos.
27 Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar,
ao romper da manhã, retomou a sua força; os egípcios,
ao fugirem, foram de encontro a ele, e o ETERNO derribou os egípcios
no meio do mar.
28 E, voltando as águas, cobriram os carros e os cavalarianos de todo
o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nem ainda
um deles ficou.
29 Mas os filhos de Israel caminhavam a pé enxuto pelo meio do mar;
e as águas lhes eram quais muros, à sua direita e à sua
esquerda.
30 Assim, o ETERNO livrou Israel, naquele dia, da mão dos egípcios;
e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.
31 E viu Israel o grande poder que o ETERNO exercitara contra os egípcios;
e o povo temeu ao ETERNO e confiou no ETERNO e em Moisés, seu servo.
Ex 15
1 Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico
ao ETERNO, e disseram: Cantarei ao ETERNO, porque triunfou gloriosamente;
lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
2 O ETERNO é a minha força e o meu cântico; ele me foi
por salvação; este é o meu D-us; portanto, eu o louvarei;
ele é o D-us de meu pai; por isso, o exaltarei.
3 O ETERNO é homem de guerra; ETERNO é o seu nome.
4 Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército;
e os seus capitães afogaram-se no mar Vermelho.
5 Os vagalhões os cobriram; desceram às profundezas como pedra.
6 A tua destra, ó ETERNO, é gloriosa em poder; a tua destra,
ó ETERNO, despedaça o inimigo.
7 Na grandeza da tua excelência, derribas os que se levantam contra
ti; envias o teu furor, que os consome como restolho.
8 Com o resfolgar das tuas narinas, amontoaram-se as águas, as correntes
pararam em montão; os vagalhões coalharam-se no coração
do mar.
9 O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos;
a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha espada, e a minha
mão os destruirá.
10 Sopraste com o teu vento, e o mar os cobriu; afundaram-se como chumbo em
águas impetuosas.
11 Ó ETERNO, quem é como tu entre os deuses? Quem é como
tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas
maravilhas?
12 Estendeste a destra; e a terra os tragou.
13 Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste; com a tua força
o levaste à habitação da tua santidade.
14 Os povos o ouviram, eles estremeceram; agonias apoderaram-se dos habitantes
da Filístia.
15 Ora, os príncipes de Edom se perturbam, dos poderosos de Moabe se
apodera temor, esmorecem todos os habitantes de Canaã.
16 Sobre eles cai espanto e pavor; pela grandeza do teu braço, emudecem
como pedra; até que passe o teu povo, ó ETERNO, até que
passe o povo que adquiriste.
17 Tu o introduzirás e o plantarás no monte da tua herança,
no lugar que aparelhaste, ó ETERNO, para a tua habitação,
no santuário, ó ETERNO, que as tuas mãos estabeleceram.
18 O ETERNO reinará por todo o sempre.
19 Porque os cavalos de Faraó, com os seus carros e com os seus cavalarianos,
entraram no mar, e o ETERNO fez tornar sobre eles as águas do mar;
mas os filhos de Israel passaram a pé enxuto pelo meio do mar.
20 A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou um tamborim,
e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças.
21 E Miriã lhes respondia: Cantai ao ETERNO, porque gloriosamente triunfou
e precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
22 Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para
o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto e não acharam
água.
23 Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas
de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara.
24 E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
25 Então, Moisés clamou ao ETERNO, e o ETERNO lhe mostrou uma
árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas
se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e
ali os provou,
26 e disse: Se ouvires atento a voz do ETERNO, teu D-us, e fizeres o que é
reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares
todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que
enviei sobre os egípcios; pois eu sou o ETERNO, que te sara.
27 Então, chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e
setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas.
Ex 16
1 Partiram de Elim, e toda a congregação dos filhos de Israel
veio para o deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze
dias do segundo mês, depois que saíram da terra do Egito.
2 Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés
e Arão no deserto;
3 disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido
pela mão do ETERNO, na terra do Egito, quando estávamos sentados
junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois
nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.
4 Então, disse o ETERNO a Moisés: Eis que vos farei chover do
céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente
a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se
anda na minha lei ou não.
5 Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será
o dobro do que colhem cada dia.
6 Então, disse Moisés e Arão a todos os filhos de Israel:
à tarde, sabereis que foi o ETERNO quem vos tirou da terra do Egito,
7 e, pela manhã, vereis a glória do ETERNO, porquanto ouviu
as vossas murmurações; pois quem somos nós, para que
murmureis contra nós?
8 Prosseguiu Moisés: Será isso quando o ETERNO, à tarde,
vos der carne para comer e, pela manhã, pão que vos farte, porquanto
o ETERNO ouviu as vossas murmurações, com que vos queixais contra
ele; pois quem somos nós? As vossas murmurações não
são contra nós, e sim contra o ETERNO.
9 Disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação
dos filhos de Israel: Chegai-vos à presença do ETERNO, pois
ouviu as vossas murmurações.
10 Quando Arão falava a toda a congregação dos filhos
de Israel, olharam para o deserto, e eis que a glória do ETERNO apareceu
na nuvem.
11 E o ETERNO disse a Moisés:
12 Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes:
Ao crepúsculo da tarde, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis
de pão, e sabereis que eu sou o ETERNO, vosso D-us.
13 À tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; pela manhã,
jazia o orvalho ao redor do arraial.
14 E, quando se evaporou o orvalho que caíra, na superfície
do deserto restava uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada
sobre a terra.
15 Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto?
Pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: Isto é
o pão que o ETERNO vos dá para vosso alimento.
16 Eis o que o ETERNO vos ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode
comer, um gômer por cabeça, segundo o número de vossas
pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda.
17 Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram, uns, mais, outros, menos.
18 Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao que colhera
muito, nem faltava ao que colhera pouco, pois colheram cada um quanto podia
comer.
19 Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã
seguinte.
20 Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns
deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos
e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles.
21 Colhiam-no, pois, manhã após manhã, cada um quanto
podia comer; porque, em vindo o calor, se derretia.
22 Ao sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para cada
um; e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés.
23 Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o ETERNO: Amanhã é
repouso, o santo sábado do ETERNO; o que quiserdes cozer no forno,
cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e
tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte.
24 E guardaram-no até pela manhã seguinte, como Moisés
ordenara; e não cheirou mal, nem deu bichos.
25 Então, disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto o sábado
é do ETERNO; hoje, não o achareis no campo.
26 Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado;
nele, não haverá.
27 Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém
não o acharam.
28 Então, disse o ETERNO a Moisés: Até quando recusareis
guardar os meus mandamentos e as minhas leis?
29 Considerai que o ETERNO vos deu o sábado; por isso, ele, no sexto
dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está,
ninguém saia do seu lugar no sétimo dia.
30 Assim, descansou o povo no sétimo dia.
31 Deu-lhe a casa de Israel o nome de maná; era como semente de coentro,
branco e de sabor como bolos de mel.
32 Disse Moisés: Esta é a palavra que o ETERNO ordenou: Dele
encherás um gômer e o guardarás para as vossas gerações,
para que vejam o pão com que vos sustentei no deserto, quando vos tirei
do Egito.
33 Disse também Moisés a Arão: Toma um vaso, mete nele
um gômer cheio de maná e coloca-o diante do ETERNO, para guardar-se
às vossas gerações.
34 Como o ETERNO ordenara a Moisés, assim Arão o colocou diante
do Testemunho para o guardar.
35 E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que
entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos
limites da terra de Canaã.
36 Gômer é a décima parte do efa.
Ex 17
1 Tendo partido toda a congregação dos filhos de Israel do deserto
de Sim, fazendo suas paradas, segundo o mandamento do ETERNO, acamparam-se
em Refidim; e não havia ali água para o povo beber.
2 Contendeu, pois, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água
para beber. Respondeu-lhes Moisés: Por que contendeis comigo? Por que
tentais ao ETERNO?
3 Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés
e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós,
a nossos filhos e aos nossos rebanhos?
4 Então, clamou Moisés ao ETERNO: Que farei a este povo? Só
lhe resta apedrejar-me.
5 Respondeu o ETERNO a Moisés: Passa adiante do povo e toma contigo
alguns dos anciãos de Israel, leva contigo em mão o bordão
com que feriste o rio e vai.
6 Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás
a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés
assim o fez na presença dos anciãos de Israel.
7 E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da
contenda dos filhos de Israel e porque tentaram ao ETERNO, dizendo: Está
o ETERNO no meio de nós ou não?
8 Então, veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim.
9 Com isso, ordenou Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai,
e peleja contra Amaleque; amanhã, estarei eu no cimo do outeiro, e
o bordão de D-us estará na minha mão.
10 Fez Josué como Moisés lhe dissera e pelejou contra Amaleque;
Moisés, porém, Arão e Hur subiram ao cimo do outeiro.
11 Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando,
porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.
12 Ora, as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma
pedra e a puseram por baixo dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur
sustentavam-lhe as mãos, um, de um lado, e o outro, do outro; assim
lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol.
13 E Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo a fio de espada.
14 Então, disse o ETERNO a Moisés: Escreve isto para memória
num livro e repete-o a Josué; porque eu hei de riscar totalmente a
memória de Amaleque de debaixo do céu.
15 E Moisés edificou um altar e lhe chamou: O ETERNO É Minha
Bandeira.
16 E disse: Porquanto o ETERNO jurou, haverá guerra do ETERNO contra
Amaleque de geração em geração.